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Para pequenas e médias empresas, economia mundial não vai recuar
O nível de confiança das pequenas e médias empresas que atuam com comércio exterior continua alto
O nível de confiança das pequenas e médias empresas que atuam com comércio exterior continua alto, embora haja menos otimismo em relação ao ano passado. Levando em conta os 21 países que constam do levantamento do HSBC Bank, o índice de confiança global chegou a 112. Índices acima de 100, de acordo com a pesquisa, indicam otimismo. Houve, porém, queda de quatro pontos em relação ao índice do primeiro semestre de 2010.
O Brasil é o nono com nível de confiança mais alto, mas está abaixo da média (ver quadro ao lado). No Brasil, apenas 8% das empresas que atuam no comércio exterior acreditam que haverá um declínio expressivo da economia mundial.
A pesquisa foi feita com total de 6.344 empresas, sendo 300 no Brasil. Na América Latina foram entrevistados representantes de empresas na Argentina e no México, além do Brasil. Na região, o total foi de 901 pequenas e médias.
Embora o quadro geral ainda seja de confiança, as empresas brasileiras perderam boa parte de seu otimismo em relação ao desempenho da economia global. No levantamento do segundo semestre deste ano, 24% das importadoras e exportadoras brasileiras pesquisadas declararam que acreditam que haverá leve declínio da economia global nos próximos seis meses. No segundo semestre do ano passado apenas 3% tinham essa perspectiva. A fatia de empresas que consideravam crescimento suave da economia caiu de 51% para 25% da segunda metade de 2010 para o segundo semestre deste ano. Ficou praticamente no mesmo nível a fatia das empresas que acreditam na manutenção em mesmo nível da dinâmica econômica mundial, com queda de 31% para 30%.
Desmond Wee, superintendente de Comércio Internacional do HSBC, diz que a volatilidade maior do câmbio nos últimos meses acabou trazendo um impacto adicional. A pesquisa mostra que 45% das brasileiras pesquisadas dizem que o efeito da taxa cambial é muito desfavorável ou desfavorável. No primeiro semestre de 2010, a fatia de empresas que viam o impacto dessa forma era de 24%. Na época, 44% dos pesquisados acreditavam que o efeito do câmbio era neutro. Hoje apenas 23% respondem dessa forma. "Isso se deve à oscilação do dólar. As empresas têm dificuldade para fixar preços e negociar." Com maior facilidade para o comércio regional, a maior parte das empresas brasileiras mantém operações de comércio com países da América Latina. Segundo a pesquisa, 63% das empresas apontaram países dessa região como parceiros comerciais atuais.
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